Músicas sugestivas para crianças inocentes

Barbara Arantes

Depois de um tempinho sem escrever nada para o blog, resolvi dar uma passadinha por aqui para falar sobre um assunto um pouquinho mais sério do que as abordagens de costume.

Essa semana uma discussão rendeu muitos debates nas minhas conversas na faculdade: as músicas que costumávamos ouvir na infância.

Não, não estou falando do “Ilariê” da Xuxa, e nem dos famosos “Dedinhos” da Eliana. Me refiro a refrões como “Ela fez a cobra subir, a cobra subir, a cobra subir”, ou “Tchutchuca, vem aqui com o seu tigrão. Vou te pegar no colo, e botar muita pressão”.

 

Pois é, minha gente… quem viveu a infância nos anos 90, como eu, sabe muito bem o quanto a gente cantava e dançava essas músicas sem nem ao menos saber do que se tratava o conteúdo das letras. E o pior: todo mundo que via aquelas criancinhas “colocar a mão no joelho, dar uma abaixadinha, mexendo gostoso e balançando a bundinha” achava aquilo bonitinho.

Nas minhas brisas para tentar entender a sociedade (vulgo nerdice), comecei a fazer uma relação entre essas músicas que abalaram a infância de uma geração e o comportamento atual dessa galerinha.

Fazemos parte da cultura do “ficar”, dos relacionamentos rápidos, da busca incessante ao prazer. Não podemos negar que, desde pitoquinhos, fomos severamente sexualizados, mesmo não fazendo ideia disso.

Que garotinha não comprou a fantasia de “odalisca”, “hawaiana”, ou “oncinha” para rebolar ao som do “É o Tchan” no carnaval? Que menina não decorou as coreografias e ficou imitando a Carla Perez, ou a Sheila Carvalho, na frente do espelho?

Sim, aquela geração cresceu. É claro que não podemos colocar a culpa das superficialidades/banalização das relações humanas em um único fato, muito menos em um tipo de música que fez grande sucesso nos anos 90. No entanto, este é um fator que deve ser levado em consideração.

E isso não é exclusividade da minha geração. Quem nunca viu a pirralhada cantando e dançando loucamente “créu” na velocidade cinco, que atire a primeira pedra. É minha gente…esse mundo tá perdido! hahahaha

Essa é apenas a minha sincera opinião. E vocês, acham que um comportamento inocente no passado pode influenciar os comportamentos plenamente conscientes no futuro?

Post anterior
Deixe um comentário

Deixe um comentário